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terça-feira, 23 de novembro de 2010

AS REDES SOCIAIS

As redes sociais têm ganhado espaço em todas as partes do mundo nos últimos cinco anos. Redes, como Orkut, Twitter, Facebook, recebem a cada dia novos adeptos que as buscam por inúmeros motivos diferentes, mas principalmente para manter contato em tempo real com grupos de amigos. Elas facilitam a comunicação e tem o papel divulgador, permitindo aos usuários saberem de notícias e eventos a qualquer momento e onde estiverem, pois é possível acessá-las e receber notícias delas até mesmo no aparelho celular.
As redes deixaram de ser o gueto dos geeks que se escondiam atrás de pseudônimos e passaram a ser frequentadas por todos, pois se tornaram espaços confiáveis que resguardavam a privacidade dos usuários. Empresas passaram a utilizar as redes sociais para vender e anunciar seus produtos e notou-se a importância que se dá ao produto quando um amigo o recomenda ou o aprova através da rede.
O Facebook, fundado por Mark Zuckerberg em 2004, é a rede que mais cresceu durante o ano de 2010 no Brasil. O sucesso da rede serviu de inspiração para o filme A Rede Social (The Social Network) que será lançado nos primeiros dias de dezembro e vai traçar a ascensão do site desde a fundação até se tornar uma das redes mais acessadas no mundo.
Essas redes fazem parte da vida cotidiana de muitos jovens, eles passam horas por dia em sites de relacionamento. Ao entrarmos em uma lan house ou em um laboratório de informática de uma escola e observarmos as máquinas, vamos encontrar ao menos uma conectada a um site de relacionamento como Orkut ou Facebook. Essa conexão dos jovens com as redes sociais tornou-se um desafio para professores, a questão mais frequente é Como utilizar essas redes como ferramenta didática?
Alguns professores já têm experimentado as redes e blogs no processo de ensino, lançando conteúdos didáticos, filmes utilizados nas disciplinas e disponibilizando um horário para tirar dúvidas on line. Mas antes disso os próprios alunos já se reuniam através do MSN, por exemplo, para discutir textos, preparar trabalhos escolares e tirar dúvidas uns com os outros.
A rede “Café História” é um dos exemplos de páginas que usam a internet para divulgar a história. Cabe ao professor se adaptar as novas tecnologias e fazer delas o melhor uso.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

NOVAS TECNOLOGIAS EM DEBATE


        Ocorre nesta semana, na Universidade Federal de Sergipe, o XIII Encontro Sergipano de História, tendo como principal temática as novas tecnologias no ensino da história.
          O encontro tem sido bastante produtivo, com amplos debates durante as realizações de mesas redondas e sessões de comunicação demonstrando a importância de se discutir e entender as tecnologias que podem servir como ferramenta didática.
        Para maiores informações sobre o encontro acesso o blog http://13encontrosergipanodehistoria.blogspot.com/

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O MUNDO CONTEMPORÂNEO E A INTERNET



        A internet surgiu para ser uma ferramenta de uso militar durante a Guerra Fria. Teve sua criação e desenvolvimento efetivado em duas etapas, inicialmente esse projeto se deu nos laboratórios das grandes universidades norte-americanas em caráter sigiloso e direcionado a utilização pelo exército, em uma segunda etapa a internet foi liberada para ser desenvolvida pelos hackers que se constituíram em indivíduos importantes nesse constante processo de aprimoramento e produção de novas potencialidades da rede.
       A construção do ciberespaço, que, segundo Pierre Lévy, é “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores”, se deu através da produção coletiva do conhecimento e com a mesma finalidade: produzir um conhecimento coletivo formado pela soma das inteligências individuais. No ciberespaço, a comunicação de todos com todos foi facilitada, com isso a troca de conteúdos e informações intensificou-se, as barreiras geográficas se romperam e a relação com o tempo tomou nova forma. Portanto, podemos usar a rede como ferramenta cognitiva, facilitadora e divulgadora de conhecimento.                                              
       Após o processo de desenvolvimento da internet e a criação do ciberespaço um novo fenômeno surge em nosso cotidiano: a convergência. Convergência, palavra derivada do verbo convergir, significa tender, que representa uma tentativa de unir em um único meio ou objeto várias funções, usos e conceitos.  Atualmente, ela é aplicada a nova era da informação unindo mídia e internet. Devido ao intenso uso da rede, a mídia tem procurado a internet em busca da interatividade dando início a um processo de adaptação por parte dos meios de comunicação.
      A nova forma de comunicação proporcionada pela rede obteve amplo uso e a mobilidade proporcionada fez com que a mídia aderisse à convergência. Hoje já podemos através do aparelho de televisão acessar a internet com o auxilio de um teclado com tecnologia wi-fi, jogar games e assistir a programação dos canais de televisão. Em um único aparelho, usufruímos as funções antes executadas por máquinas diferentes.
      As redes sociais são elementos importantes em meio a esse processo de surgimento e desenvolvimento da internet, redes como Orkut e Facebook ganham diariamente mais adeptos. Elas também sofrem os efeitos da convergência. Criadas com a intenção de romper fronteiras e facilitar a comunicação, receberam o papel de ferramenta didática ou divulgadora de conhecimento, mas essa temática será tratada de maneira mais ampla em uma próxima postagem a pedido de uma de nossas leitoras.  

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

CONHECIMENTOS NA REDE


                 Na Revista de História da Biblioteca Nacional do mês de outubro encontra-se publicado um artigo de Bruno Leal Pastor de Carvalho, historiador, jornalista e fundador da rede social Café História, onde ele trata da utilização da rede, especialmente as redes sociais, para o conhecimento. Bruno Leal discute o crescimento no número de usuários dessas redes sociais e o papel do historiador diante desse fenômeno social.
          “No Brasil, o Orkut já é responsável por manter mais de 28 milhões de pessoas conectadas. Com números tão expressivos, fica fácil entender que essas redes se tornaram um verdadeiro fenômeno social. Mas o que parece mesmo difícil de responder é: o que nós, historiadores, temos a ver com isso?
          Depois de refletir por um bom tempo, cheguei a uma conclusão: tudo. Primeiro, porque o historiador deve estar atento a todos os fenômenos sociais de seu tempo. Além disso, as redes sociais podem contribuir tanto para a divulgação do conhecimento quanto para a promoção de uma maior comunicação entre esses profissionais."
           Foi com esse pensamento que Bruno Leal criou a rede social Café História, voltada para estudantes, professores, pesquisadores e pessoas interessadas pela história. A página Café História (http://cafehistoria.ning.com/) divulga a História e conecta historiadores. Os participantes da rede tem acesso a fóruns, textos, eventos, blogs e tudo relacionado à História.
           “Essa experiência à frente do Café vem me mostrando que a combinação de História com redes sociais evidencia o caráter coletivo da construção do conhecimento histórico, formando um banco de dados que pode auxiliar tanto o pesquisador quanto o professor na sala de aula.”
            Da mesma forma que o filósofo Pierre Lévy o autor mostra que através da rede é possível construir um conhecimento coletivo, a partir da interação das pessoas e troca de informações no ciberespaço. Além disso, o historiador Bruno Leal fala sobre a superação de barreiras geográficas na produção de conhecimento por meio da rede.
          “Mas é a superação de barreiras geográficas que faz dessa combinação algo realmente especial. Conectando pesquisadores de lugares e formações diferentes, mas que estudam o mesmo objeto, essas redes constituem o que podemos chamar de ‘comunidades virtuais especialistas’, ou seja, espaços nos quais pesquisadores se encontram para compartilhar resultados, hipóteses, referências e fontes de um mesmo objeto.”
          O artigo se encontra na integra na edição de número 61 do mês de outubro da Revista de História da Biblioteca Nacional e está intitulado Conhecimentos na rede.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

MUNDO VIRTUAL


                   Nos últimos anos do século XX, com o surgimento dos computadores pessoais, um novo mundo foi criado: O mundo virtual. Mas o que é virtual? Será o irreal? Virtual é aquilo que pode se tornar real, um texto virtual se torna real quando o imprimimos. Esse mundo virtual promovido pela interconexão de computadores através da internet nos trouxe novas relações com o tempo e o espaço. Nos séculos passados a espera por uma notícia ou uma carta durava dias e até meses, hoje com a conexão à internet a comunicação tornou-se ágil e prática, com um clique e algumas tecladas é possível de onde estiver comunicar-se e receber notícias de qualquer parte do mundo.
                O ciberespaço ou rede, esse meio de comunicação propiciado pela interconexão de computadores, é formado por um mundo de informações que abriga e pelos indivíduos que exploram e alimentam esse mundo. É através desse espaço que se desenvolve uma produção coletiva do conhecimento.
             Com o crescimento do ciberespaço o processo de virtualização acelerou. No ciberespaço a relação entre público e privado ganhou novas formas, por causa da internet não se precisa mais sair de casa para ir ao banco ou até mesmo trabalhar. A memória é virtualizada e conseqüentemente estendida na rede, nela encontramos bancos de dados e arquivos virtuais.
            O impacto das tecnologias mudou o cotidiano e a forma de pensarmos, mudou o jeito de se fazer história. Mas até que ponto podemos falar sobre os impactos da tecnologia em nossas vidas? Não poderíamos pensar nessa tecnologia como um fruto da nossa sociedade e cultura? Será o ciberespaço resultado de uma busca pela aceleração do conhecimento e da comunicação? Essas são perguntas que deixo para você leitor refletir e promover uma discussão aqui no blog através de seus comentários. 
Elidiana do Vale

terça-feira, 6 de julho de 2010

O FUTEBOL SERGIPANO: DA AFIRMAÇÃO SOCIAL À DERROCADA


O Futebol brasileiro, uma adaptação cultural do football association trazido da Inglaterra em fins do século XIX, desenvolveu-se conjuntamente aos ventos de modernização da sociedade brasileira nos seus âmbitos políticos, econômicos e culturais. Das flutuações políticas dos governos oligarcas, passando pelas ditaduras nacionais, até a tentativa de democratização da Nova República, bem como do desenvolvimento do modo de produção capitalista sobre bases sólidas, o futebol tornou-se um dos mais icônicos reflexos da identidade do povo brasileiro. Em meio ao fortalecimento do futebol brasileiro, tensões culturais como movimentos dos trabalhadores, a afirmação da raça negra e das mulheres no cenário social, a latente religiosidade dos gramados, a afirmação do nacionalismo (da Nação propriamente dita e da “nação clubística”), o desenvolvimento do urbano e a reconfiguração do meio rural demarcaram a história brasileira.
Reflexo dos ares sociais e políticos, o Futebol brasileiro, desde a última década do século XX, vem tentando libertar-se das amarras corporativas e viciadas que o vinculam aos aparelhos de Estado, sustentando vícios privados mediante a sangria do público (a Confederação Brasileira de Futebol é o maior exemplo dessa sangria), e tentando construir uma moderna forma de administração com um campeonato nacional sólido, com clubes que possam conduzir suas finanças de modo equilibrado angariando fundos na iniciativa privada. Ainda que o Estado continue a sustentar os vícios (via “Time mania”, por exemplo), é notório o desenvolvimento administrativo do campeonato nacional de Futebol, bem como a administração de certos clubes, mais equilibrados historicamente. A participação e o sucesso dos clubes em campeonatos internacionais, a exemplo da Libertadores da América e do Mundial Interclubes FIFA, na última década, tem sido notório. Não obstante, tal movimento acirrou uma mácula histórica nacional, a disparidade do desenvolvimento regional entre o Sul-Sudeste e o Norte-Nordeste. Os campeonatos dessa região e a participação dos seus clubes nos campeonatos nacionais tem sido pífios, desvelando um abismo entre o profissionalismo e um semi-profissionalismo, entre o espetáculo esportivo moderno e as mambembes pelejas locais.
Em Sergipe esse quadro é patente. Um campeonato local enfraquecido. Clubes falidos. Administrações que se perpetuam nos clubes e na Federação local reveladoras dos mesmos vícios públicos do século passado. Vínculos à manutenção da estrutura geral da CBF à custa de benefícios políticos e doações financeiras para benefício privado, como comprovou o Relatório final da CPI CBF-Nike (2000). Inexistente participação dos clubes locais no cenário futebolístico nacional.
Quais as causas da derrocada do futebol do Norte-Nordeste, especialmente o sergipano, em meio ao fortalecimento do futebol nacional, leia-se do Sul-Sudeste? Os problemas centrais são de má administração esportiva ou revelam efetivamente as distâncias históricas entre a “metrópole” e o “interior”? Face ao desenvolvimento do profissionalismo no futebol brasileiro, como caracterizar o futebol sergipano: profissional, amador ou uma hibridização entre os dois? Um reflexo cultural ou uma determinação sócio-histórica do desenvolvimento nacional?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O FUTEBOL E A DINÂMICA CULTURAL DA SOCIEDADE SERGIPANA

O Futebol brasileiro, uma adaptação cultural do football association trazido da Inglaterra em fins do século XIX, desenvolveu-se conjuntamente aos ventos de modernização da sociedade brasileira nos seus âmbitos políticos, econômicos e culturais. Das flutuações políticas dos governos oligarcas, passando pelas ditaduras nacionais, até a tentativa de democratização da Nova República, bem como do desenvolvimento do modo de produção capitalista sobre bases sólidas, o futebol tornou-se um dos mais icônicos reflexos da identidade do povo brasileiro. Em meio ao fortalecimento do futebol brasileiro, tensões culturais como movimentos dos trabalhadores, a afirmação da raça negra e das mulheres no cenário social, a latente religiosidade dos gramados, a afirmação do nacionalismo (da Nação propriamente dita e da nação “clubística”), o desenvolvimento do urbano e a reconfiguração do meio rural demarcaram a história brasileira.
O Estado de Sergipe reproduziu o desenvolvimento nacional guardando as tensões e peculiaridades regionais. No campo esportivo, o nascimento e a origem do futebol, seus vínculos sociais e políticos, a ação dos industriais e dos trabalhadores, notadamente das fábricas têxteis, demarcou o desenvolvimento da sociedade sergipana. Desde o início do século XX, quatro centros terão destaque: Aracaju, no estuário do Rio Cotinguiba (depois, Rio Sergipe), nascedouro de duas agremiações de esportes náuticos, em 1909, o "Cotinguiba Sport Club" e o "Sport Club Sergipe", que desenvolveriam o futebol já na década seguinte; e no Bairro Chica Chaves (hoje, Bairro Industrial), espaço de criação do "Parque Esportivo Thales Ferraz" e do “Industrial Football Club”, ligado à Fábrica Sergipe Industrial, além de clubes de fábrica como a "Associação Desportiva Confiança"; o município de Estância, no qual a Vila Operária da Fábrica de Tecidos Santa Cruz foi berço do "Esporte Clube Santa Cruz"; e a cidade de Maruim, importante centro de entrada de produtos pelo porto (Barra de Maruim), onde foi fundado, no ano de 1917, o "Socialista Sport Club", ratificando o ideário que soprava das tensões na Rússia.
Quais as tensões do desenvolvimento do futebol em Sergipe face os contrastes entre os jovens da classe abastada, fundadores do Cotinguiba e do Sergipe, e os trabalhadores que compunham os clubes de fábrica como o Industrial, o Confiança, o Santa Cruz e o Socialista? Como se inseriram os jovens futebolistas das fábricas no amplo movimento das classes trabalhadoras no Estado? Quais as intervenções políticas para o desenvolvimento do futebol sergipano nesse cenário, posto que os oligarcas que governavam o Estado sempre estiveram à frente dos clubes como Presidentes, sócios beneméritos ou conselheiros? Como se deu a afirmação dos jovens negros no futebol sergipano, especialmente nos clubes de fábrica? Qual a contribuição do futebol no desenvolvimento das cidades sergipanas, especialmente as interioranas, seja no aspecto geográfico, seja na sua dinâmica cultural?


segunda-feira, 17 de maio de 2010

APRESENTAÇÃO


Dentro do projeto Admirável Mundo Novo: História & Cibercultura (UFS/CNPq/FAPITEC), a lista de discussão História de Sergipe.Net inicia suas atividades, propondo um debate sobre o Centenário de Maria Bonita (1911-2011).
Com o objetivo de promover o intercâmbio de idéias entre profissionais e estudantes interessados em História de Sergipe, esta lista de discussão promoverá o debate sobre tópicos de ensino e pesquisa em História de Sergipe, bem como tópicos gerais sobre fontes e problemas de método em História.

REGRAS: não há censura aos temas desde que haja identificação do usuário (nome, profissão , idade e cidade onde reside) e sejam relativos à História e Historiografia de Sergipe. Informamos que os dados coletados servirão para o relatório final da pesquisa em curso e não serão utilizados para quaisquer outros fins.

Agradecemos a participação de todos.

Equipe: Antônio Fernando de Araújo Sá, Irlan Mark e Vanessa Menezes.

CENTENÁRIO DE MARIA BONITA EM DEBATE

 
Dentro das comemorações do Centenário de nascimento de Maria Bonita (1911 – 2011), o site História de Sergipe (H-SEnet) se propõe a iniciar o debate sobre a participação das mulheres no cangaço. A participação da mulher na história do Brasil tem sido recuperada nos últimos anos pela historiografia brasileira produzida dentro dos cursos de pós-graduação, especialmente por conta da influência da antropologia histórica, que colocou em evidência o papel da família e da sexualidade, e da história das mentalidades de origem francesa, que se voltou para a pesquisa sobre o popular.
No caso da história do cangaço, poucos estudiosos se debruçaram sobre a temática da participação das mulheres neste movimento social. Destacamos as colaborações de Antonio Amaury Correia de Araújo, Lampião, as mulheres e o cangaço (1985), as memórias de Sila, publicadas em 1984, e o livro de Daniel Lins, Lampião: O Homem que Amava as Mulheres (1997), para dar visibilidade a essa participação.
A entrada das mulheres no cangaço pode ser considerada uma espécie de revolução feminista no nordeste? Será que as mulheres cangaceiras tinham uma vida mais livre dos valores patriarcais dominantes do sertão nordestino da primeira metade do século XX? A participação destas mulheres no cangaço melhorou sua posição de mulher no sertão nordestino? Como era a vida cotidiana dessas mulheres dentro do cangaço? Como foi o retorno delas à vida social no final do cangaço e sua relação com a família (filhos e parentes)?
DÊ SUA OPINIÃO SOBRE O ASSUNTO PARTICIPANDO DE NOSSA LISTA DE DISCUSSÃO.