Seja bem-vindo. Hoje é

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

CONHECIMENTOS NA REDE


                 Na Revista de História da Biblioteca Nacional do mês de outubro encontra-se publicado um artigo de Bruno Leal Pastor de Carvalho, historiador, jornalista e fundador da rede social Café História, onde ele trata da utilização da rede, especialmente as redes sociais, para o conhecimento. Bruno Leal discute o crescimento no número de usuários dessas redes sociais e o papel do historiador diante desse fenômeno social.
          “No Brasil, o Orkut já é responsável por manter mais de 28 milhões de pessoas conectadas. Com números tão expressivos, fica fácil entender que essas redes se tornaram um verdadeiro fenômeno social. Mas o que parece mesmo difícil de responder é: o que nós, historiadores, temos a ver com isso?
          Depois de refletir por um bom tempo, cheguei a uma conclusão: tudo. Primeiro, porque o historiador deve estar atento a todos os fenômenos sociais de seu tempo. Além disso, as redes sociais podem contribuir tanto para a divulgação do conhecimento quanto para a promoção de uma maior comunicação entre esses profissionais."
           Foi com esse pensamento que Bruno Leal criou a rede social Café História, voltada para estudantes, professores, pesquisadores e pessoas interessadas pela história. A página Café História (http://cafehistoria.ning.com/) divulga a História e conecta historiadores. Os participantes da rede tem acesso a fóruns, textos, eventos, blogs e tudo relacionado à História.
           “Essa experiência à frente do Café vem me mostrando que a combinação de História com redes sociais evidencia o caráter coletivo da construção do conhecimento histórico, formando um banco de dados que pode auxiliar tanto o pesquisador quanto o professor na sala de aula.”
            Da mesma forma que o filósofo Pierre Lévy o autor mostra que através da rede é possível construir um conhecimento coletivo, a partir da interação das pessoas e troca de informações no ciberespaço. Além disso, o historiador Bruno Leal fala sobre a superação de barreiras geográficas na produção de conhecimento por meio da rede.
          “Mas é a superação de barreiras geográficas que faz dessa combinação algo realmente especial. Conectando pesquisadores de lugares e formações diferentes, mas que estudam o mesmo objeto, essas redes constituem o que podemos chamar de ‘comunidades virtuais especialistas’, ou seja, espaços nos quais pesquisadores se encontram para compartilhar resultados, hipóteses, referências e fontes de um mesmo objeto.”
          O artigo se encontra na integra na edição de número 61 do mês de outubro da Revista de História da Biblioteca Nacional e está intitulado Conhecimentos na rede.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

MUNDO VIRTUAL


                   Nos últimos anos do século XX, com o surgimento dos computadores pessoais, um novo mundo foi criado: O mundo virtual. Mas o que é virtual? Será o irreal? Virtual é aquilo que pode se tornar real, um texto virtual se torna real quando o imprimimos. Esse mundo virtual promovido pela interconexão de computadores através da internet nos trouxe novas relações com o tempo e o espaço. Nos séculos passados a espera por uma notícia ou uma carta durava dias e até meses, hoje com a conexão à internet a comunicação tornou-se ágil e prática, com um clique e algumas tecladas é possível de onde estiver comunicar-se e receber notícias de qualquer parte do mundo.
                O ciberespaço ou rede, esse meio de comunicação propiciado pela interconexão de computadores, é formado por um mundo de informações que abriga e pelos indivíduos que exploram e alimentam esse mundo. É através desse espaço que se desenvolve uma produção coletiva do conhecimento.
             Com o crescimento do ciberespaço o processo de virtualização acelerou. No ciberespaço a relação entre público e privado ganhou novas formas, por causa da internet não se precisa mais sair de casa para ir ao banco ou até mesmo trabalhar. A memória é virtualizada e conseqüentemente estendida na rede, nela encontramos bancos de dados e arquivos virtuais.
            O impacto das tecnologias mudou o cotidiano e a forma de pensarmos, mudou o jeito de se fazer história. Mas até que ponto podemos falar sobre os impactos da tecnologia em nossas vidas? Não poderíamos pensar nessa tecnologia como um fruto da nossa sociedade e cultura? Será o ciberespaço resultado de uma busca pela aceleração do conhecimento e da comunicação? Essas são perguntas que deixo para você leitor refletir e promover uma discussão aqui no blog através de seus comentários. 
Elidiana do Vale